terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Açorda de Tomate com Marisco

Esta é a minha açorda preferida, criei esta receita há vários anos, quando passava férias com familiares. Pediram-me uma refeição diferente e como habitualmente fazia para acompanhamento, uma açorda de tomate, que todos gostavam, resolvi inovar!... e o resultado, foi esta delicia... Espero que também vos agrade!...

Ingredientes

1 dl de azeite
2 Cebolas
4 dentes de alho
3 Tomates maduros de tamanho médio
1 embalagem de Creme de Marisco
Pão duro -q. b.
1 ou 2 embalagens ( +/- 500 gr ) de Camarão descascado
1 embalagem de Delicias do Mar
Coentros a gosto
Modo de Preparação
Coloque o camarão numa taça a descongelar e corte as delícias.
Num tacho de barro, coloque o azeite, a cebola às rodelas finas, o alho picadinho, os tomates s/ pele partidos em pedaços pequenos e deixe ferver tudo, deixando apurar.
Entretanto parta o pão em pedacinhos pequenos e envolva no refogado. Prepare o Creme de Marisco, conforme instruções da embalagem e escalde o pão. Deixe amaciar muito bem, mexendo sempre e quando levantar fervura, junte o camarão e as delicias cortadas a gosto e acrescente a água necessária para que a açorda fique com uma consistência molinha. Utilize a água da descongelação do camarão e mais um pouco se necessário. ( a foto que apresento, foi tirada antes de juntar a água...)
Deixe levantar fervura e rectifique o sal e por fim junte os coentros picadinhos. Sirva de imediato para não secar.

( Receita da minha autoria - mcamposhenriques- 2001)

Figos cristalizados

Estes figos, são óptimos para aperitivo...

Nestas férias, que felizmente, foram óptimas, em termos de temperatura, ( muito calor), foi possivel apanhar figos e ao regressar, fazer as minhas receitas preferidas... e uma delas, foi esta. Isto porque esta qualidade de figos só amadurece em fins de Agosto, inicio de Setembro, e aquando do meu regresso de férias da Beira Baixa, raramente encontrava a temperatura necessária, para a sua secagem...
Ingredientes
50 figos a gosto ( eu utilizei figo francês, por ter um tamanho superior aos outros)
500gr de açúcar
1 litro de água
Preparação
Ferve-se durante 10 m, o açúcar com a água. Colocam-se os figos em camadas, que devem ter pé e não devem ser maduros de mais para não abrirem ao ferver , bem lavados, e deixam-se ferver durante 30 minutos exactos.
No dia seguinte vão ao lume de novo e fervem mais 30 m. Retiram-se do tacho onde ferveram para um passador de rede e depois de arrefecerem, colocam-se num tabuleiro forrado com papel absorvente ao sol até secarem ( vários dias ). Após a preparaçõo dos figos...
   

                              ...já prontos a comer....
(Da minha recolha de Receitas -receita da minha colega de Serviço, Edite em 1982 - Confecção e Fotos de Docemela)

sábado, 7 de dezembro de 2013

Rabanadas do Convento (Braga)

Estas rabanadas, oriundas do antigo Mosteiro de Adaúfe, em Braga, caracterizam-se por serem fritas na calda que as envolve e não em óleo. Esta calda, além do açúcar, é feita com mel, limão, canela e vinho do Porto, deixando as rabanadas aromáticas e fofas. Deliciosas!

Ingredientes:


Para as rabanadas
1 pão tipo cacete com 2 dias
12 gemas
700 g de açúcar
água q.b.

Para a calda
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de mel
1 pau de canela
1 pitada de sal
2 cálices de vinho do Porto
2 tiras de casca de limão
200 ml de água
300 g de açúcar
                                        
Modo de Preparação
Corte o pão em fatias com 1 dedo de espessura.Faça uma calda pouco espessa com a água, o açúcar, o pau de canela, as cascas de limão, a manteiga, o mel e o sal. Retire do lume, junte 1 cálice de vinho do Porto e deixe arrefecer. Entretanto, bata as gemas num prato. Leve o restante açúcar ao lume com água, numa frigideira, e deixe ferver até obter um ponto fraco.
Passe as fatias de pão pela calda, depois pelas gemas e frite-as, uma de cada vez, na calda que está a ferver.
À medida que vão fritando, coloque as rabanadas em travessas fundas ou taças.
Terminado este processo, regue as rabanadas com a calda da fritura, na qual terá juntado o outro cálice de vinho do Porto. Note que a calda terá farrapos de ovos, o que dá um aspeto característico às rabanadas.

http://www.docesregionais.com/rabanadas-do-convento-braga/

Bolo Principe ( Beja)

A cidade de Beja e outras localidades alentejanas foram sede, ao longo dos séculos, de diversos conventos que deixaram na região um riquíssimo legado de doces conventuais. O bolo príncipe, como o pão de rala, entre outros, são alguns dos expoentes máximos da maravilhosa doçaria conventual alentejana.
Os ingredientes usados na receita – como os ovos, as amêndoas, a grande quantidade de gemas ou os fios de ovos – denunciam a origem conventual deste bolo, que é um deleite para a vista e para o paladar.


Ingredientes:

750 g de açúcar;
500 g de amêndoas;
12 gemas de ovos;
2 colheres de sopa (rasas) de farinha;
1 tigela de fios de ovos;
1 tigela de doce de chila;
12 trouxas de ovos;
açúcar em ponto (fondant);
abóbora coberta ou cascas de laranja cristalizadas.

                                           
Modo de Preparação:
Escaldam-se, pelam-se e ralam-se as amêndoas.
Leva-se o açúcar ao lume com cerca de 2 dl de água e deixa-se ferver até fazer ponto de pasta. Junta-se a amêndoa, as gemas batidas e a farinha e leva-se tudo ao lume para enxugar. Retira-se do calor e deixa-se arrefecer.
Unta-se muito bem um tabuleiro e polvilha-se abundantemente com farinha.
Tem-se uma tira de papel vegetal e prendem-se-lhe as pontas com alfinetes de modo a obter uma argola do tamanho do bolo que se quiser fazer.
Tira-se um pouco de massa de amêndoa e com as mãos polvilhadas com farinha espalma-se dando-lhe a forma duma rodela.
Coloca-se no tabuleiro contornando-a com a tira de papel vegetal.
Espalha-se por cima uma camada de fios de ovos, outra de chila e outra ainda de trouxas bem espalmadas e escorridas.
Cobre-se tudo com uma camada de doce de amêndoa.
O bolo pode ficar desta altura ou colocar-se a mesma sequência de camadas de ingredientes ficando com a altura que se quiser.
Retira-se a tira de papel, envolve-se todo o bolo com bastante farinha e volta a colocar-se a tira de papel para impedir que alastre durante a cozedura, que deve processar-se em forno muito brando.
Depois de cozido, escova-se toda a farinha e cobre-se o bolo com fondant.
Enfeita-se com pérolas prateadas ou com flores feitas com tirinhas de abóbora coberta.

* Este bolo, que é um dos mais importantes da doçaria bejense, pode ser cozido numa forma redonda untada e abundantemente polvilhada com farinha.
Nesse caso, as massas de amêndoa, chila, fios e trouxas são deitadas na forma às colheres.

do livro: Cozinha Tradicional Portuguesa - Editorial Verbo